sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Primeira semana de aula... bigorna!!!!

Primeiro dia de aula... entra na fila, me dá tchau e tudo bem!
Segundo dia de aula... entra na fila, me pede para ficar mais um pouco...
Terceiro dia de aula... eu resolvo não me levantar e somente "papito" o leva para escola, pequeno drama...
Quarto dia de aula... um grande drama, um mega drama... a coordenadora precisa pegá-lo do meu colo e eu tenho que sair logo para não ouvir seus gritos de "SOCORRO" (tudo bem! socorro foi exagero de minha parte, mas, que ele estava berrando, ahhhhh!!!!  isso estava), depois ao buscá-lo o relatório foi o seguinte:

  • chorou a manhã toda.
  • não comeu nada, nem água tomou.
  • não brincou com ninguém.
  • não saiu do lado da coordenadora.


Quinto dia de aula... parece que ele estava colado no meu pescoço... tive que ficar até o início das atividades e depois de vários minutos, ele teve que ser tirado do meu pescoço... ao buscá-lo o relatório foi o seguinte:

  • Chorou menos.
  • Ainda não comeu nada.
  • Começou a brincar com os outros chorões, epa! me desculpe, com os outros amiguinhos mais emocionados...

Além de ter que me preocupar com filhote, tenho que me preocupar com papito...
Pensamentos de papito:
  • Será que não é melhor levá-lo embora?
  • Seria melhor se ele viesse um dia sim e outro não...
  • Eu acho que pode ficar traumatizado com essa nova experiência...
  • É melhor você ficar na sala com ele, até se acostumar .

E eu?????
Fui obrigada a ligar para amiga pedagoga para pedir um help! E com muito dor no coração tive que ouvir aquilo que eu já sabia:
  • O processo é esse mesmo.
  • Fique firme, se amolecer, você perde o controle.
  • É necessário.
  • Ele vai superar.

Então, ficamos desse jeito: 
Filhote por enquanto fica aos berros na escola, e papitos ficam com os corações aos berros toda manhã.



portão da escola do Gui

Hoje eu estava lendo um livro do Max Lucado e tem uma passagem que descreve um pouco isso que estamos vivendo:

      "Lembre-se de que Deus vê a nossa vida do começo ao fim. Ele pode nos fazer atravessar uma tempestade aos 30, para podermos suportar um furacão aos 60. Um instrumento só é útil  quando tem a forma certa. Uma faca sem corte ou uma chave de fenda torta precisam de reparos, e nós também. O bom comerciante mantém sua ferramentas em ordem. E Deus também.
         Se Deus colocar você na bigorna, agradeça. Isso significa que Ele acha que ainda vale a pena remodelar você."
                           Moldado por Deus - Max Lucado

Seria um exagero da minha parte comparar essa situação do Gui com uma tempestade, mas, em proporções menores é isso que parece para filhote que sempre ficou ao lado de sua mamita, pois de repente, ele é obrigado a ficar em um lugar desconhecido sem seu "porto seguro" perto. Por melhor que seja para ele ficar na escola, no momento a única coisa que ele deve estar sentindo é que deve estar passando por uma "tempestade"... o que  significa que ele está crescendo, que está sendo modelado...

Por mais simples que pareça essa situação da escola do Gui, tudo serve para nosso crescimento.
  • Serve para nós aprendermos que nem todo choro é ruim...
  • Serve para nós aprendermos que nem todas situações estão no nosso controle...
  • Serve para ele  aprender que não fazemos apenas o que queremos...
  • Serve para todos aprendermos a abrir mão do nosso próprio bem-estar em função de um bem maior.

Serve para sermos modelados...





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